quinta-feira, 8 de abril de 2010

Entrevista com o Perpétuo Insigne



Muito bom dia caros leitores! Cá estou com um novo artigo sobre bandas underground. Primeiramente gostaria de agradeçer a todos os nossos seguidores no twitter que têm colaborado e muito visitando nosso site. O feedback de muitos tem sido positivo e isso nos motiva a continuar com o bom trabalho.

Hoje é com grande prazer que apresento a banda Perpetuo Insigne. Eles entraram em contato conosco através do Twitter, através do Myspace da banda conferimos o som e algumas faixas depois, tivemos certeza de que a banda tinha que ser divulgada por aqui!

Seguindo em frente, vamos ao que interessa. Com vocês a banda Perpetuo Insigne!

PERPETUO INSIGNE

Origem da banda:
Caruaru-PE
Estilo:

Metal com influências de música Medieval, Egípcia, Celta, Gregoriana,Power Metal, Trash metal e Progressive Metal.
Data de formação da banda:

Segundo semestre de 2003
Formação atual da banda:
Henrique Albuquerque – Guitarra e Vocal
Kassius Leandro – Baixo
Thomas Alves - Bateria
Albuns lançados:
A New Clichê (11/2007)


Entrevista com a banda

Conte como a banda foi formada, de onde surgiu a idéia?
Henrique responde:
Um dos intuitos para a formação da banda foi a participação em um concurso, porém não foi a principal motivação.

Eu tinha um irmão mais velho que era também vocal e guitarra de uma banda de metal com músicas próprias e covers como Metallica, Megadeath, Pantera e Iron Maiden. A banda chamava-se Masterdomme.

Como meu irmão morava em Recife devido ao curso de engenharia elétrica que ele estava para terminar na época, eu não tinha muitas oportunidades para sair de Caruaru e visita-lo.Consequentemente só pude assistir o show do Masterdomme quando vieram se apresentar no Motofest de 2002.

Esse show mudou a minha idéia sobre metal, eles mandaram tão bem ao vivo que naquele momento, mesmo sem nunca ter tocado o estilo, eu sabia que queria montar algo do tipo, porém voltado mais para músicas próprias.

Infelizmente meu irmão faleceu em um acidente de carro antes que pudesse assistir a nossa primeira apresentação no Motofest em 2004.

A primeira formação era composta de colegas de colégio, sendo que depois da saída do baterista, decorrente da sua mudança para São Paulo almejando estudar mais afundo o instrumento, aos poucos os outros integrantes foram saindo também Todos saíram sem nenhum problema ou qualquer tipo de desentendimento, até porque são pessoas de grande respeito e valor. Trata-se apenas do curso natural da vida, as pessoas vão tomando caminhos diferentes e acabam tendo que se afastar. Existe à distância, mas a amizade é a mesma.

No Myspace da banda tive a oportunidade de ouvir algumas músicas. O é som muito bom, a produção das faixas está ótima! Realmente a banda cumpriu o que prometeu um power metal digno de nota alta! Fale mais sobre a escolha do estilo de som da banda, quais as fontes de inspiração?
A escolha do estilo esteve intimamente ligada ao momento em que Henrique estava fascinado pelas culturas medieval, egípcia e nordestina. Ele passara por uma fase extremamente espiritualizada, onde buscava transmitir em suas letras mensagens que acrescentassem algo na vida de quem viesse a escutar o disco, sem necessariamente fazer apologia a uma religião específica.

Como a sua preocupação não era extremamente comercial, ele sentiu-se a vontade para brincar com a pronuncia de algumas palavras nas música. Por exemplo, se a palavra solicitava a pronúncia do i ele usava e , ou a em vez de e , e até ê em vez de a. Além é claro do uso de expressões como lipotimia , lapônias , indômito , Hipogeu , etc. Por isso que algumas pessoas fazem perguntas como: “-Vocês cantam em Latin não é?” Na realidade é o bom e velho Português, só que com algumas expressões que não fazem parte do nosso cotidiano. Usamos também do inglês como pode ser ouvido em duas músicas do disco( Trevas e Slavery ).

Enquanto as fontes de inspiração? Bem, vem de vários estilos e vertentes desde rock tradicional, passando pelo punk rock até o metal. Contudo três bandas tiveram mais força para produção do nosso primeiro CD, podemos dizer que foram a inspiração chave. São elas Rhapsody , Blind Guardian e Metallica.

Como você se interessou por Rock n Roll?
Foi por influência do meu irmão mais velho. Me lembro que quando eu tinha 6 anos, depois que o meu pai e minha mãe saíam para o trabalho, ele colocava o vinil do Metallica e nós passávamos uma parte do dia escutando.Acho que quem não gostava muito eram os vizinhos porque as vezes ele colocava muito alto e a caixa vibrava tanto que ele não podia deixar a vitrola em cima dela, caso contrário a agulha ficava saltando as faixas.

Quais os projetos atuais da banda?
Dar continuidade à ideologia de trabalho baseada em músicas próprias.Procurando oferecer qualidade, respeito e responsabilidade para com o público.

Planos para o futuro?
Top Secret!(risos), mas falando sério, como toda banda temos planos, porém achamos mais interessante falar sobre eles depois de realizados. Não gostamos de dizer que vamos fazer isso ou aquilo e depois não cumprir. É o que falamos anteriormente, respeito para com o público sem frustrar suas expectativas.

Cite qual foi o show da banda que vocês mais gostaram e por quê?
Creio que foi o show de lançamento do disco “A New Clichê”, no mesmo teatro onde coincidentemente o Sepultura fez seu primeiro ou um dos primeiros shows.

Foi nesse momento em que a banda começou a projetar-se no cenário regional e nacional. Foi um show marcado por fortes emoções.De primeira mão eu digo agora, todas as pessoas que lotaram o teatro no dia jamais perceberam que aquele show poderia ser completamente arruinado. Devido a uma série de problemas técnicos que tivemos nos bastidores quase tudo ia por água a baixo. Graças a competência do Mesário ( Marcio) e da paciência dos colaboradores, o problema foi sanado e fizemos um apresentação que marcou a memória de muitos headbangers presentes.

Quais músicas o publico mais gosta de ouvir vocês tocarem ao vivo? Quanto a vocês, qual vocês classificam como a melhor música composta até agora, alguma favorita?
Os fãs elogiam todas, porém eles falam mais sobre “Venceremos” e “Slavery”.

Quanto a melhor composição, é difícil escolher só uma, podemos dizer que a resposta oscila entre “Antes e Depois”, “Venceremos”, “Slavery” e “O Deserto e as suas Maravilhas Arquitetônicas”.

Quem escreve as músicas da banda? Qual o processo de criação que vocês utilizam?
As letras e o instrumental das músicas são preparados por Henrique. Por exemplo, ele traz a música já pronta, porém sem a linha do baixo e da bateria. Às vezes ele entrega a música com a partitura da bateria já escrita, nesse caso Thomás acrescenta apenas as idéias inerentes a pegada e ao feeling dele como baterista.

Como foi a evolução do som da banda, desde o inicio até hoje vocês acham que a banda evoluiu, musicalmente falando?

Percebemos que estamos mais seguros na execução das músicas, alguns arranjos que não funcionaram no disco foram eliminados e passamos a usar outros ao vivo. Kassius é um baixista esforçado,inteligente e criativo, Thomas é uma baterista que se destaca por possuir a superação como característica marcante em sua personalidade, além da intimidade com o instrumento. Eu ( Henrique) sou muito grato por tocar com eles, pois todos comungam do sentimento pela busca de mais qualidade, identidade e comprometimento com um projeto sério.


Como prezamos pela qualidade, seja ela no CD ou ao vivo, às vezes sofremos por morarmos em uma região que carece de técnicos de som que saibam como regular o equipamento para esse tipo de estilo, todavia não estamos completamente desamparados, tem um mesário aqui na cidade, conhecido com Márcio, que confiamos bastante em seu trabalho.



Deixe uma mensagem para os fãs da banda e para quem ainda não conhece.
Aos nossos fãs agradecemos muito por todo apoio e pela felicidade que nos trouxeram ao receberem tão bem o nosso trabalho. Para nós é uma grande honra ter cada fã, não apenas como mais uma pessoa que escuta o nosso som e sim como um amigo, que mesmo longe, ou até sem nunca ter nos visto pessoalmente, torce por nosso sucesso e sofre com os nossos percalços. Para os que não nos conhecem, deixamos aqui um convite para visitar o nosso Myspace e fazer parte da nossa loucura musical. Para quem quiser ter acesso a mais músicas incluindo as letras é só mandar um e-mail que as enviaremos com prazer. Claro quem puder dar uma força e comprar o CD pela net será muito bem vindo. É esse tipo de atitude que ajuda a banda a produzir outros discos.

A família Perpétuo Insigne deixa um grande abraço a todos!!!

fonte : http://www.rockwall.com.br/bandas-underground/power-metal/32-entrevista-com-a-banda-perpetuo-insigne